Júlia Guimarães acredita que internet contribui para debates sobre feminismo. (Foto: Júlia Guimarães/ Arquivo Pessoal)
Júlia Guimarães Cunha, 18 anos, recebeu uma notícia surpreendente neste
sábado (9): ela conseguiu 1.000 na redação do Enem. Com o tema sobre a
violência contra a mulher no Brasil, a estudante diz que a internet foi
fundamental para que ela pudesse entender sobre direito das mulheres e
se interessar pela causa feminista. "Mais do que na Ela estava na casa de uma amiga quando recebeu a notícia, e conta que, ao chegar em casa, o clima foi de festa. "Muitos sorrisos e abraços".
Júlia diz que, na sua argumentação no Enem, pontuou que a violência contra a mulher se configura além da agressão física, e está na discriminação de gênero no mercado de trabalho e em situações do cotidiano. "No dia a dia é muito comum sofrer algum tipo de assédio pela rua. A falta de respeito nos deixa insegura, nos afeta, e acredito que isso ocorra com a maioria das meninas, infelizmente".
Ela diz que a internet popularizou o assunto, e que suas amigas e amigos compartilham interesse pelo debate. "Feminismo é a luta pela igualdade de direito entre os gêneros. O machismo é a raíz da violência que até hoje vitimiza as mulheres".
Medicina
Em 2014, no terceiro ano do Ensino Médio, a estudante tentou uma vaga no curso de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), mas não conseguiu a aprovação. Em 2015, começou um cursinho, além de aulas de redação uma vez por semana. Interessou-se por arquitetura e resolveu inscrever-se no curso no vestibular 2015 da UFPA. Na Universidade do Estado do Pará (UEPA), o curso escolhido foi Design. No entanto, o ótimo desempenho no Enem a fez mais confiante e disposta a resgatar o desejo de ser médica. "Quero tentar Medicina pelo Sisu", revela.
Em 2016, a UFPA anunciou que irá ofertar 6.778 vagas no total, sendo 1.235 delas por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) do Ministério da Educação. (Pararijos NEWS)
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