Tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, receptação de produtos
roubados, coação e 16 homicídios. Estes são os crimes pelos quais estão
sendo investigados os doze suspeitos presos na operação “Thanatus”,
deflagrada pela Polícia Federal ontem, em Natal e região Metropolitana.
Dentre os doze presos, nove são policiais militares.
A operação ‘Thanatus’ foi deflagrada para cumprir 15 mandados de
prisão expedidos pela Justiça do RN contra integrantes de um grupo de
extermínio que teria cometido 16 homicídios entre os anos de 2011 e 2015
na Grande Natal. De acordo com as investigações, o grupo era composto
por 10 PMs e 5 pistoleiros. Um policial militar e dois pistoleiros
seguem foragidos.
Segundo a delegada Diana Calazans, da PF, a investigação foi
conduzida pela Polícia Federal em virtude da gravidade dos crimes
cometidos pelo grupo, que configuram “graves violações aos direitos
humanos”. O inquérito também apurou que o grupo praticava diversos
outros crimes, como extorsão, comércio ilegal de arma de fogo e
munições, invasão de domicílio e até mesmo crime de tortura.
O inquérito também concluiu que todas as mortes investigadas e
atribuídas ao grupo têm características de execução, sendo motivadas por
dívidas decorrentes do tráfico de drogas e vingança. “As investigações
também apontam que o grupo cobrava altas quantias em dinheiro para
realizar os crimes”, completou a delegada.
Ainda de acordo com Calazans, o grupo se aproveitava da condição de
alguns integrantes como PMs para cometer os crimes. “Essa organização
criminosa se infiltrou na PM e certamente esses criminosos se utilizaram
das facilidades oferecidas aos policiais para executar esses crimes”,
disse.
A operação contou com a participação de 165 agentes da PF, além de
policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de
Choque (BPChoque) da PM do Rio Grande do Norte, além do apoio do
Ministério Público Estadual. O termo “Thanatus” vem da mitologia grega e
significa a “personificação da morte”. (Pararijos NEWS)
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