(Foto: Reprodução Acorda Marajó)
Diversos clientes
revoltados quebraram o box de venda de passagens da empresa Henvil, no
porto de Camará, município de Salvaterra, que faz transporte de
passageiros e veículos entre Belém e o Marajó, na tarde deste domingo
(3). Segundo os consumidores, a companhia fez pessoas esperarem por até
quatro horas, além de ter vendido passagens a mais do que iria
comportar.
A confusão envolveu a empresa,
proprietários de carros e outros passageiros que retornariam para Belém
hoje: de acordo com testemunhas, as balsas que saíram às 16h e às 17h
estavam lotadas, deixando mais de 50 automóveis e mais de 300 pessoas
esperando no porto do Camará. Uma balsa extra foi prometida para as 23h
de hoje.
De acordo com o Movimento Acorda Marajó,
por meio de publicação no Facebook, a situação de descaso e falta de
organização por parte da empresa não é recente.
“Essa situação já vem sendo denunciada
há muito tempo pelo Movimento Acorda Marajó, que está em ampla campanha
para quebra do monopólio, o despreparo, a falta de respeito e omissão
são as principais características que o turista e o povo do Marajó sofre
nas mãos gananciosas da Henvil Transportes, e com o silêncio criminosos
da ARCON e do Governo do Estado, que até agora nada vez para punir essa
empresa charlatona”, afirmava a publicação.
Segundo Marcelo Bastos, um dos
coordenadores do Acorda Marajó, os fatos são recorrentes, acontecendo em
todos os finais de semana prolongados e nas férias. "A Henvil tenta
emplacar um segundo aumento em suas tarifas, mesmo não prestando
serviços de qualidade", comentou.
A falta de fiscalização por parte da
Agência de Regulação e Transporte Público do Pará (Arcon) e do Governo
do Estado agrava a situação de descaso enfrentada pela população, de
acordo com o Movimento: hoje, por exemplo, as salas da Arcon foram
fechadas após a saída dos navios, o que deixou clientes sem locais para
reclamação.
"Esperamos que agora a Arcon e o Governo
do Estado possam punir a Henvil com a quebra do monopólio, não podemos
mais ficar reféns deles", afirmou o coordenador do Movimento Acorda
Marajó.
Ainda segundo o Movimento, uma reunião
foi marcada, no dia 13 de janeiro, na Casa Civil, para discutir a
questão dos transportes de cargas e passageiros para o Marajó. A
principal reivindicação é a quebra do monopólio da Henvil.
O DOL tenta contato com a empresa Henvil.
(DOL/Pararijos NEWS)
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