Foto: Fernando Araújo/ Arquivo O Liberal
O reajuste no preço da travessia de balsa da vila de Penhalonga, em
Vigia, para a ilha de Colares, localizada a 93 quilômetros da capital
paraense, nordeste paraense, teria provocado manifestação de dezenas de
taxistas, nesta sexta-feira (08), que fecharam a estrada de Colares não
permitindo com que os veículos que desembarcam da balsa seguissem
caminho. O protesto foi iniciado às 6h30 da manhã e só foi encerrado no
meio da tarde, segundo informou a Polícia Militar. Passageiros
informaram que o transporte via balsa só foi normalizado no final da
tarde.
Segundo uma condutora de um dos veículos que, desde 6h45, acompanhada
de sua mãe, Maria Auxiliadora, 71 anos, tentava atravessar da vila para
Colares, além de idosos, vários veículos com pessoas doentes, entre
elas diabéticas, que precisam tomar insulina, e crianças, tiveram
dificuldade para fazer a travessia da vila para Colares. "Todos sofrem
com essa situação, em especial essas pessoas, pois tem uma senhora que
precisa tomar insulina a cada três horas e corre atrás de gelo para
conservar o material. Há crianças de colo, que ainda estão mamando, e
vários idosos. Meu carro ainda está na balsa, ainda não saiu de lá.
Tenho que levar minha mãe para Colares e voltar para Belém. Mesmo que
meu carro saia balsa, os taxistas não deixam ninguém seguir estrada, há
uma fila enorme de carro, porque eles fecharam a via", afirmou pela
manhã Kátia Marinho, 39 anos, filha da idosa Maria Auxiliadora.
Ainda segundo ela, os taxistas protestaram contra o aumento abusivo
da travessia de balsa e não deixam nenhum carro passar. 'Só ambulância,
funeral e carro da polícia já passaram. Tinha um carro da Polícia Civil
Reservada, mas não fez nada. Tinha a Polícia Militar na vila de
Penhalonga, mas eles disseram que não podem fazer nada porque Colares
não é área de abrangência deles e há Polícia Militar em Colares, mas não
negociam nada. Alguém, alguma autoridade tem que tomar uma atitude para
resolver esse problema', reclamou Kátia Marinho, enquanto aguardava no
local.
Em nota a Arcon Agência de Regulação de Controle dos Serviços
Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) informou que o protesto foi
encerrado no meio da tarde e que uma equipe da Polícia Militar esteve no
local para ajudar a resolver o impasse. A Arcon marcará uma reunião
para discutir o reajuste e ouvir a sociedade.
A Agência esclarece que o reajuste das tarifas na travessia de balsa
em Penha Longa, que dá acesso à ilha/município de Colares, foi publicado
no Diário Oficial do Estado no dia 28 de dezembro de 2015 e a empresa
operadora teve três úteis para colocá-lo em prática.
Segundo o órgão, esse reajuste foi autorizado pelo Conselho Estadual
de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Conerc) em reunião em
outubro de 2015, e depois homologado pela Agência de Regulação de
Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA). A Arcon
explica que o Conerc conta com representantes de todos os segmentos
envolvidos no transporte de passageiros intermunicipal, como
empresários, servidores da Agência, de sindicatos e também os usuários.
Ainda segundo a Arcon, essas tarifas não eram reajustadas desde
fevereiro de 2014 e o reajuste do setor hidroviário é feito segundo
planilhas que são encaminhadas ao Conerc pelas empresas operadores de
transportes. (Pararijos NEWS)
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