Mensagens pelo Whatsapp, interesse de
vários clubes, conversas com empresários, com atleta, pai de atleta...
Todos estes elementos fazem parte de uma nova "novela esportiva" que se
anuncia: o pré-contrato de Yago Pikachu, do Vasco da Gama, com a
Chapecoense. A notícia foi divulgada em portais de Santa Catarina na última segunda-feira.
Em conversa exclusiva com o DOL, o
pai do atleta, Carlos Lisboa, informou que houve sim interesse e até
mesmo um documento enviado pelo clube catarinense ao ex-lateral direito
do Paysandu. O envio, no entanto, teria sido feito via WhatsApp e não
teria assinatura de diretores do clube catarinense.
O arquivo em questão seria apenas uma
espécie de comunicado sobre o interesse do Verdão do Oeste no atleta e
não um pré-contrato. Apesar de ser somente um "aviso", Yago assinou o
documento, segundo seu pai.
Na
noite de 16 de dezembro foi veiculada a foto de Pikachu, membros da
comissão técnica, empresários e diretores do Vasco após assinatura de
contrato. Foto: Divulgação.
Ainda de acordo com "Seu Lisboa", como é
conhecido, a assinatura teria ocorrido no mesmo dia em que o Vasco
assinou com o atleta, no dia 16 de dezembro. A
polêmica envolvendo a Chape, no entanto, não o preocupa. De acordo com
ele, que também administra a carreira de Pikachu, os advogados do atleta
estariam tranquilos e os do Vasco também. "Estamos cientes e tranquilos
quanto a isso e já estamos tomando as providências cabíveis",
finalizou.
Chapecoense se sente lesada
Também em contato exclusivo com a reportagem do DOL,
o diretor jurídico da Chapecoense, Luís Sérgio Grochot, afirmou que
houve sim um pré contrato assinado por Pikachu e deu detalhes. "O
documento foi assinado no dia 13 de dezembro e previa a apresentação do
atleta no dia 05 de janeiro na Chapecoense. No entanto, em 06 de janeiro
foi publicado seu nome no BID (Boletim Informativo Diário, da CBF) como
jogador do Vasco", explicou.
O BID do dia 06 de janeiro apresenta
Pikachu como atleta vascaíno. Seu contrato iniciou no dia 1° de janeiro e
segue até o fim de 2018. Imagem: Reprodução/BID
Como o acerto com o clube cruzmaltino
foi assinado no dia 16 (portanto três dias após a assinatura do possível
acordo com o Verdão do Oeste), o ato caracterizaria, então, quebra de
contrato.
Ainda de acordo com Grochot, a Chape se
sente lesada e deve ajuizar nas próximos dias uma ação contra Pikachu. A
reivindicação do setor jurídico será o cumprimento do acordo
estebelecido no documento; isto é, se houvesse acerto com outro clube ou
desinteresse dos catarinenses, a parte desistente deveria pagar multa
correspondente por quebra de contrato. O valor da indenização, no
entanto, não foi citado por Grochot.
"Leilão" ou estratégia?
Para o advogado catarinense, o
pré-contrato com a Chapecoense pode ter sido utilizado para agilizar o
acordo com o Vasco. Isto mesmo.
Perguntado sobre o possível envio do
documento via WhatsApp, Grochot não negou o envio e informou que este
pode ter sido usado para facilitar sua ida ao clube carioca. "O Pikachu
tinha interesse de disputar o Brasileiro de 2016 pela Chapecoense, mas
quem administra sua carreira pode ter aproveitado o documento para
agilizar sua ida para o Vasco", finalizou.
(Enderson Oliveira/DOL/Pararijos NEWS)
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