Este ano, os
brasileiros estão passando, em média, 5 horas por dia conectados à
internet. São pessoas nos quatro cantos do país utilizando computadores,
tablets, celulares, videogames e até televisores para navegar na web.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República e sugerem um cenário perfeito para a
ação dos “hackers”, os famosos bandidos do mundo digital.
Esses criminosos usam a facilidade
de navegação para roubar ou ameaçar os internautas. E quanto mais gente
conectada, mais vítimas em potencial. Principalmente, para quem tem o
hábito de fazer compras na internet. Você pode ser o próximo alvo. Para
não ser mais uma vítima desses golpes, é preciso tomar alguns cuidados
na hora de acessar ou fazer compras na rede mundial de computadores.
A delegada Vanessa Lee, titular da
Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT),
explica que os crimes virtuais são caracterizados pela utilização de
recursos tecnológicos, como computadores conectados à internet, software
(programa de computador) ou hardware (conjunto de peças que fazem o
computador funcionar), por pessoas dispostas a cometer crimes
financeiros ou prejudicar usuários. “Há diversos tipos de crimes,
previstos na legislação, que podem ser cometidos através da internet”,
explica Vanessa.
Ela destaca que, entre os mais
comuns, estão: crimes contra o patrimônio (quando o criminoso invade
redes ou banco de dados de empresas e governos para roubar ou apagar
informações) e furtos (quando se invade o computador de usuários para
desviar dinheiro de contas). Alguns hackers disparam e-mails se passando
por instituições conhecidas, como a Receita Federal, Correios ou
bancos, com informações que induzem o usuário a clicar no link descrito.
Essa é uma modalidade chamada “phishing”.
Basicamente, é um arquivo
malicioso enviado através de e-mail. “A pessoa clica e a partir dali se
instala o programa, que pode captar informações pessoais e dados
bancários para cometer furtos”, explica Lee. Estes programas também são
chamados de “cavalos de troia”. “Nestes casos, é importante parar e
pensar. Empresas sérias não enviam apenas e-mails, mas outras formas de
comunicação. Por isso, não clique em links se você não tiver vínculo com
a empresa ou que não tenha certeza da procedência da correspondência
eletrônica”, ensina a delegada.
ESTELIONATO
ESTELIONATO
Há, ainda crimes, que não
necessariamente são cometidos por hackers, mas por estelionatários que
criam sites de compras falsos. Nesse caso, fazer negócio no ambiente
virtual requer cuidados. Para Wanessa, esse tipo de crime pode ser
evitado com uma rápida analise da página e das informações da empresa.
“Geralmente, os estelionatários colocam apenas o nome da pessoa física e
o telefone. E uma empresa que trabalha com o comércio eletrônico, tem
que fornecer informações obrigatórias, como CNPJ, endereço, telefone e o
responsável pelo serviço”, alertou. Internautas também podem cometer
delitos na internet, como calunia, injuria e difamação e crime contra a
pessoa, como a ameaças de agressão física ou de morte. Todos os crimes
citados geram condenações que vão de um mês até dois anos de prisão e o
pagamento de multas.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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