Ministros Helder e Victoria decidiram trabalhar em conjunto no desenvolvimento do setor pesqueiro (Foto: Divulgação)
Brasil e Angola
trabalharão juntos no desenvolvimento do setor pesqueiro. O ministro da
Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, e a ministra das Pescas do país
africano, Victoria de Barros Neto, alinharam, na manhã de ontem, uma
série de ações que servirão para troca de experiência para o
desenvolvimento da pesca e aquicultura nas duas nações. “Estamos
reafirmando o interesse bilateral em construir as duas atividades”,
afirmou Helder, que recebeu a colega na sede do ministério, em Brasília.
Segundo Helder, a aquicultura deve
ser o ponto principal da parceria. “Mas não vamos deixar de lado a
pesca”, acrescentou. O ministro disse que o Brasil, por intermédio de
suas empresas públicas e universidades federais, vem desenvolvendo
experiências com resultados importantes no setor aquícola, o que está
possibilitando a entrada de novas empresas interessadas em investir no
cultivo de peixes.
Helder lembrou ainda que um dos
focos para o crescimento da aquicultura está na agricultura familiar.
Para isso, segundo ele, o ministério vem acertando parcerias com outras
instituições de governo, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA) e de instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), no que tange a capacitação. Para a pesca,
segundo Helder, estão em estudo projetos na área de monitoramento das
embarcações. Além disso, o ministro destacou a atuação dos Comitês
Permanentes de Gestão (CPGs), que atuam no debate do manejo e
preservação das espécies com estoques ameaçados. “Os CPGs são de extrema
importância, pois é o ambiente onde se pode discutir o defeso”.
SEMINÁRIO
SEMINÁRIO
A ministra de Angola agradeceu ao
ministro pela organização do Seminário Técnico Brasil–Angola, realizado
segunda-feira, no ministério. “Os nossos empresários e representantes do
governo angolano conheceram a gestão competente do MPA (Ministério da
Pesca e Aquicultura) e visitaram fazendas aquícolas”.
Victoria destacou a disposição de
Helder em avançar nas parcerias e informou que vai implementar, em
Angola, os projetos brasileiros que deram certo, principalmente os
voltados para a agricultura familiar. “Esse é o caminho de se produzir,
desenvolver o país e distribuir renda”, afirmou.
O seminário teve o objetivo de
trocar experiências entre os dois países. Segundo Victoria, a
expectativa do país africano foi alcançada. “Queremos melhorar a
aquicultura, principalmente no cultivo da tilápia. Sabemos que o Brasil
tem muito a nos ajudar”, afirmou.
O secretário de Planejamento e
Ordenamento da Pesca (Sepop/MPA), Fábio Hazin, explicou que a estratégia
do MPA é promover o desenvolvimento sustentável da pesca e aquicultura,
articulando atores, consolidando uma política de Estado com inclusão
social e contribuindo para a soberania alimentar do Brasil.
Para isso, segundo Hazin, o país
conta com os CPGs. “Atualmente, estamos trabalhando em seis CPGs
marinhos e quatro continentais. Eles são compostos de 50% de
representantes governamentais e a outra metade da sociedade civil”.
O secretário de Infraestrutura e
Fomento, Eloy de Sousa Araújo, destacou o Plano Safra da Pesca e
Aquicultura (PSPA), que oferecerá R$ 2 bilhões em créditos subsidiados a
toda a cadeia produtiva do pescado. Conforme o secretário, esses
recursos servirão também para renovar a frota e sanar o problema
sanitário das embarcações.
(Diário do Pará/Pararijos NEWS)
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