A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quinta-feira (17) contra a necessidade de defesa prévia da presidente da República antes do recebimento, pelo presidente da Câmara, de um pedido de impeachment, passo inicial do rito.
Se o entendimento for confirmado ao final do julgamento, o STF deverá negar um pedido do PC do B
para anular decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que acolheu uma denúncia contra a Dilma Rousseff no último dia 2 de
dezembro.
No julgamento que analisa as regras do processo, já haviam se
manifestado dessa maneira, até a última atualização desta reportagem, os
ministros Edson Fachin (relator da ação), Luís Roberto Barroso, Teori
Zavascki, Luiz Fux, Rosa Weber e Dias Toffoli.
Nesta quarta, ao votar, Fachin argumentou que a decisão do presidente
da Câmara "constitui juízo primário" e que a presidente da República
terá oportunidade de se defender durante a fase de elaboração do parecer
pela comissão especial, formada por deputados, que irá recomendar ao
plenário da Câmara a abertura ou não de um processo de impeachment.
"Deve ser autorizada ao acusado defesa prévia [na análise do processo]
na comissão especial. A ausência de defesa prévia não viola o devido
processo legal", disse o relator. A posição foi seguida por outros seis
ministros do STF sem levantar discussões sobre o tema.
Todos também votaram para negar pedido do PC do B para impedir Cunha de
participar do processo, por suposta ausência de imparcialidade e
"conflito de interesses" para aceitar o pedido de impeachment. (Pararijos NEWS)
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