(Foto: Reprodução)
O ministro da
Secretaria de Portos, Helder Barbalho, classificou como uma "vitória da
democracia" a decisão de ministros do STF de que o Senado terá decisão
final no afastamento da presidente Dilma Rousseff, caso a abertura de
impeachment seja aceita pela Câmara.
A declaração foi feita na tarde desta
quinta-feira (17), durante evento com Dilma no Rio, quando o resultado
no Supremo ainda era parcial.
Barbalho e a presidente participaram de
cerimônia de assinatura do início da obra de dragagem do porto do Rio,
obra que faz parte do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento).
Barbalho, que passou do ministério da
Pesca para a pasta de Portos na última reforma ministerial, faz parte da
ala do PMDB que apoia a presidente.
Ele trabalhou, na manhã desta quinta,
para reconduzir o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) à
liderança da bancada do partido, perdida após manobra do presidente
nacional do partido e vice-presidente da República, Michel Temer.
O ministro teria convencido duas
deputadas do Pará, Simone Morgado e Elcione Barbalho, a votar por
Picciani. Na semana anterior, elas haviam optado pela condução de
Leonardo Quintão (PMDB-MG) ao cargo.
Ele negou que o Planalto tenha
pressionado seus ministros peemedebistas, com ameaças de cortar cargos e
reverter acordos, para se engajarem pessoalmente nas negociações para o
retorno de Picciani, que é contra o impeachment, à liderança da bancada
na Câmara.
"As duas deputadas tiveram a
oportunidade de conversar com o líder e entender a importância de dar
condição para que o governo possa avançar com a pauta na Câmara. Nesse
sentido é estratégico que o líder esteja à frente da bancada", disse
ele.
"De forma alguma [sofremos pressão do
Planalto]. Temos que ter apenas a sensibilidade de que temos uma agenda
determinante para o país."
Sobre a decisão do STF, ainda parcial no
momento em que ele falava com os jornalistas, Barbalho disse que ela
precisa ser respeitada.
Ele classificou como vitória o fato de o
Supremo ter decidido que o Senado definirá, por maioria simples, se a
presidente será ou não afastada por 180 dias no caso de a Câmara aceitar
o pedido de abertura do processo de impeachment.
"É uma vitória da Justiça, da democracia e da preservação constitucional do país", disse.
Após a assinatura das obras de dragagem
do porto, Barbalho e Dilma ainda farão outra agenda no Rio: a
inauguração do Museu do Amanhã, na Praça Mauá. Dilma fez um breve
discurso na primeira solenidade, em que falou das características do
setor logístico do país e destacou a necessidade de investimentos em
portos.
A presidente foi protocolar em sua fala e
não falou com os jornalistas. Sua comitiva era acompanhada pelo
recém-conduzido líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani.
Além dele, estavam o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o
ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB), o ministro da
Cultura, Juca Ferreira (PT), e os deputados federais Luís Sérgio (PT) e
Jandira Feghali (PC do B).
(Folhapress/Pararijos NEWS)
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