No Pará, só 7,64% dos municípios têm hospitais com leitos ou berços
de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal conveniados ao Sistema
Único de Saúde (SUS). Além disso, menos de um terço deles (40) têm
leitos ou berços para cuidados intermediários. Calcula-se que só 24,35%
dos municípios têm estabelecimentos de saúde aptos a partos hospitalares
conectados diretamente a cartórios de registro de nascimento, sendo que
em oito municípios as unidades contam com postos de cartório instalados
internamente.
Em 115 (79,86%) dos 144 municípios paraenses há hospitais públicos
que fazem partos. Em 99 deles, os hospitais são administrados pelas
prefeituras. Na capital, há hospitais de ensino e pesquisa credenciados
pelos ministérios da Saúde e da Educação, atendimento específico a
usuários de drogas ilícitas em dois endereços distintos e doze hospitais
de atendimento ao público, um deles gerido pelo município. Há também
leitos e berços de UTI neonatal vinculados ao SUS. No entanto, os
estabelecimentos para partos não têm conexão direta com cartórios de
registros.
Os números foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), nas pesquisas de Informações Básicas
Estaduais (Estadic) e de Informações Básicas Municipais (Munic). A
Estadic investigou as 27 unidades da Federação e a Munic, os 5.570
municípios do país. A partir desta edição, que apura dados relacionados
ao ano de 2014, a divulgação de ambas as pesquisas será feita em
conjunto, com oito temas (recursos humanos, comunicação e informática,
educação, saúde, direitos humanos, segurança pública, segurança
alimentar e vigilância sanitária), além da inclusão produtiva, analisada
separadamente em um suplemento. Todas as informações podem ser
acessadas no portal do IBGE.
Foto: Tarso Sarraf/O Liberal
Em quase todos os municípios do Estado (95,14%) havia serviço de
atendimento de emergência (Risco de Vida 24 Horas) disponível. Em 107
municípios, o serviço é público e municipal, em outras dez o serviço é
privado, mas conveniado ao SUS. Em 22 municípios, o paciente é
transportado ou referenciado para a saúde pública de outra cidade, há
ainda quatro localidades que transportam o paciente, mas para o serviço
privado custeado pelo SUS em outro município. As oito cidades restantes
têm seus serviços filiados a outros tipos de gestão pública. Em Belém,
segundo o IBGE, os pacientes podem ser atendidos pelo serviço público
municipal, sem precisar serem levados para hospitais de outras cidades.
Considerando apenas os estabelecimentos públicos conveniados ao SUS,
somente onze municípios oferecem serviço de nefrologia (hemodiálise),
onze têm leitos ou berços de Unidade de Terapia Intensiva neonatal e 40
contam com estrutura de cuidados intermediários. Além de Belém, outras
cinco cidades paraenses abrigam estabelecimentos de pesquisa
credenciados pelo governo federal e que participam da formação de
estudantes de graduação e pós-graduação.
REPRODUÇÃO
A pesquisa informa que 137 municípios do Pará dispõem de políticas,
programas e ações exclusivas para a Saúde. Em 105 deles há iniciativas
de promoção da saúde sexual e reprodutiva das mulheres, em todas as
fases da vida; em 131 há centros para testagem de HIV e sífilis para
gestante e em 65 há promoção do uso da caderneta de saúde do
adolescente.
No total, 143 municípios têm Programa de Saúde da Família, 140 dos
quais com 682 equipes de atendimento odontológico básico. Cerca de 94
municípios mantêm o Programa de Agentes Comunitários, com 1.186 equipes
formadas por enfermeiros (1.257 profissionais), técnicos de enfermagem
(1.909 profissionais) e Agentes Comunitários de Saúde (14.284
profissionais). Já o Programa Suplementação de Ferro está em 110
municípios.
TRABALHO
Em 2014, a saúde empregava 21,57% do pessoal ocupado na administração
municipal. Dos 62.144 empregados, 3.315 eram médicos. Somente em Belém
eram 7.891 funcionários (745 médicos), considerando 5.036 estatutários;
1.106 celetistas; 272 comissionados; e 1.477 sem vínculo permanente. No
Pará, 17.778 pessoas trabalhavam na saúde pública, considerando 2.014
médicos. O IBGE calculou, nesse total, 12.573 estatutários; 432
celetistas; 359 comissionados; 13 estagiários; e 4.401 pessoas sem
vínculo permanente.
Entre os 144 gestores municipais de saúde, 44 tinham certificado de
pós-graduação; 66 concluíram o ensino superior; 10 estavam com a
faculdade em curso ou abandonada pela metade; 21 com ensino médio
completo; um com o ensino médio incompleto; um com o ensino fundamental
completo; e outro que não concluiu nem o fundamental. O gestor estadual
era médico, enquanto a gestora da capital era enfermeira e
pós-graduada.
Entre os municípios do Estado, 134 (93,06%) tinham estabelecimentos
municipais de saúde sob sua responsabilidade - somente em três deles as
unidades eram administradas por terceiros. Dois estabelecimentos são
gerenciados por empresas privadas e um outro por uma cooperativa
pública. Os estabelecimentos estaduais administrados por terceiros são
nove, todos sob gestão de Organizações de Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP)
(Pararijos NEWS)
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