(Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)
A tentativa de
antecipar a votação do artigo (147) que regulamentava o transporte
alternativo em Belém foi motivo de divergência na Câmara Municipal,
nesta segunda-feira (24). A proposta, entretanto, não foi à diante.
A sessão especial votou o projeto de
lei que altera o capítulo da Lei Orgânica de Belém (Lomb) referente aos
transportes. O projeto é de autoria do Executivo e foi enviado com
pedido de prioridade pelo prefeito Zenaldo Coutinho. O projeto atraiu
representantes de diversas categorias profissionais que lotaram a
galeria da CMB.
O vereador Iran Moraes (PT) criticou o
pedido de urgência do prefeito Zenaldo Coutinho à Câmara. "Causa
estranheza, porque esse projeto ficou aguardando votação nesta Casa
durante anos", disparou.
Para Mauro Freitas (PSDC), não haveria
dificuldades para aprovar um projeto que regulamentaria o transporte
alternativo. A aprovação seria fundamental para melhorar o deslocamento
dos trabalhadores nos bairros mais distantes. O vereador fez um apelo
para que se retirassem as emendas parlamentares, com objetivo de
facilitar a votação.
A vereadora Marinor Brito (Psol)
também se declarou favorável. "É preciso regulamentar o transporte
alternativo para que haja dignidade na prestação do serviço".
VALE TRANSPORTE
Fernando Carneiro (Psol) chamou
atenção para o fato de que a votação não dizia respeito apenas à
regulamentação do transporte alternativo. "Existem muita coisa escondida
na emenda do Executivo. O projeto não faz referência ao transporte
público durante 24 horas. Mas lembro que esta Casa aprovou um projeto
que regulamentou o funcionamento do comércio por 24 horas". Também
afirmou que o projeto não definia a idade média da frota. "Isso abre
espaço para que a frota continue velha e para falta de critérios para
substituição desses ônibus".
Carneiro apresentou emenda obrigando a
prefeitura a intervir nas empresas que não prestassem serviço de forma
condizente. “Precisamos corrigir muita coisa nesse projeto”.
Um dos pontos mais polêmicos sobre o
Fundo Municipal de Transportes diz respeito ao uso dos recursos obtidos
com os vales transportes que não forem usados dentro do prazo de
validade. O texto original do artigo 154 estabelecia prazo máximo de 365
dias. Depois, o dinheiro seria revertido para o fundo e usado para
implementação de melhorias do sistema, como construção de abrigos e
sinalização. Essa "forma de apropriação" dos recursos do trabalhador foi
alvo de críticas da bancada de oposição.
(DOL, Pararijos NEWS, com informações da CMB)
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