Não é de hoje que a imprensa noticia casos
de fraudes contra idosos, em relação aos empréstimos consignáveis
descontados em folha.
Os especialistas, recomendam que todo o
cuidado é pouco na hora de fechar negócio com estranhos, e que na hora
de assinar algum documento, é bom desconfiar quando os procedimentos
forem muito fáceis.
Além dessas recomendações, os idosos devem
ficar alerta, com pessoas próximas e com a vulnerabilidade dos
documentos e dados pessoais. Orlando Lobato de Melo, 75 anos, é
deficiente visual. Ele entrou para as estatísticas das vítimas de
fraudes contra os aposentados.
No último dia 06, um telefonema inquietou a
sua família, que ficou sabendo que seus dados estavam sendo usados por
terceiros para fechamento de empréstimos consignáveis. Depois de
descobrir que foi lesado, o idoso recorreu aos órgãos responsáveis para
que os culpados sejam punidos e, que o caso seja esclarecido.
“Eu estava na sala de minha casa, e minha
esposa atendeu o telefone. Eu escutei quando do outro lado da linha, a
mulher falou meu nome completo. Me espertei. Ela pediu para falar
comigo, disse que foi feito um empréstimo no valor de R$5 mil em meu
nome. Imediatamente, eu falei que não e perguntei de onde estavam
falando. A mulher pediu para eu esperar um tempo. Logo depois, ela disse
que estavam falando de um escritório no Piauí, e que um homem chamado
Michel Márcio Avelino, foi quem tinha dado entrada nos documentos”,
explicou.
Ainda ao telefone, seu Orlando pediu para que o processo fosse cancelado, já que não passava de um golpe.
“Disse para ela cancelar, e que eu morava em
Belém. Como eu faria um empréstimo em outro Estado?. Perguntei. Ela
disse que iria cancelar, mas que não saberia se daria tempo, já que
tinha sido feito dois dias antes. A moça também me disse para eu ir ao
INSS e procurar assistência. Chamei meu filho e fomos até a previdência,
e fiz um B.O (Boletim de Ocorrência) falando o que aconteceu. No INSS,
eu pedi para que fosse cancelado minha conta para fazer empréstimos”. Ao
tomar as primeiras medidas providenciais, o aposentado, foi até o Banco
Central da capital, para registar o fato. Inconformado com a situação,
seu Orlando passou mal ao contar o que havia acontecido com ele. “Na
hora em que eu fui falar com o rapaz, fiquei tão nervoso com o que
fizeram comigo, que passei mal, e uma equipe médica teve que me
acompanhar no depoimento. Eles disseram que vão investigar, chamar o
banco responsável e tirar qualquer dúvida. Vou aguardar, pois no dia 26
eles irão me retornar com uma resposta”.
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(Diário do Pará)
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